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micromanfesto das coisas

Micromanifestə sobre igualdade de gênerə nas coisas

Se desejamos, como humanidade, viver a real experiência da igualdade de gênero entre homens e mulheres, então podemos começar a materializá-lo pelo universo das coisas. Um micromovimento simples que é capaz de gerar um desdobramento positivamente tsunâmico, ato este que só depende da real intenção de movimentar o nível de consciência e ação do ser humano para outro patamar. Nesse caso, coisas nos permeiam a todo instante em nosso cotidiano. Tudo são coisas, todos objetos, todos elementos da natureza. Há coisas por todos os lados. Porém não deveria existir nesse mundo, discriminaçãə por conta de gênero (a palavra é sexə mesmo nesse caso), femininə ou masculinə, ao menos a nível ideológico de uma sociedade mais harmoniosa, onde prega-se a igualdade. Há discriminação. Isso denota que extraímos, séculos atrás, uma referência biológica para semear um lado vil no plano social, nesse caso, de poder, através da discriminação com uso segregacionista, e a propaganda da diferença por gênero cabe muito bem nesse contexto. Esse desdobramento foi perverso, levar ao universə dəs coisəs, a diferença social, divisão de trabalho, de classes, entre outras segmentações, para dentro da mente dos seres humanos.

Em um mundo onde existem mais de 7.000 línguas faladas em pleno século XXI,, há um espaço para introduzir um conceito universal de harmonização de gênero dentro do contexto social, nesse caso, no contexto das coisas (micronota: o termo gênero foi introduzido no século XIV e a partir daí o movimento cisalhante foi iniciado de modo formal).

Də que se trata, então, esse micromanifestə? Micromanifestə pelə adoçãə də letrə “ə” em todəs əs línguas ocidentais que utilizem alfabetə latinə.

 

Conceitualmente essə letrə simbolizə ə neutralidadə e consequente sublimaçãə də gênero dəs palavrəs, logo, dəs coisəs. Usemos em todəs əs palavrəs onde distingue-se algə como masculinə ou femininə, adotemos ə “ə” como símbolə də empenhə də superaçãə də discriminaçə de gênerə entre os seres humanəs para umə sociedade mais harmônicə.

 

Tecnicamente, por quê “ə”? Bem, na prática e conceitualmente porque é um vogal duplamente neutrə nə escalə IPA* (Associação Fonética Internacional). Em todəs əs línguəs existentes, não pode se dizer que um objetə (coisa) é femininə ou masculinə, como por exemplə, flor, a flor ou o flor? Dependendo də língua que se fala, pode ser masculino, feminino, ambos ou neutro. Porque não dizer simplesmente: “(ə) flor”, independente se usa-se artigə definidə ou não nə língua citadə. Podemos citar zilhões de exemplos, como stół é masculino em polaco, “o mesa”, apesar do polonês  não ter artigo, há gênero dos substantivos, mas em português, é feminino, “a mesa”. Um exemplo inverso é a palavra amor, o amor (português) e miłość (a amor, que em polaco é feminino). Assim temos milhões de exemplos de palavras consideradas neutras em algumas línguas, como alemão e seu clássico artigo de gênero “das”, ou mesmo o curioso caso de palavras bissexuais, ou gramaticalmente conhecido como substantivo comum de dois gêneros em português, como as palavras em português: artista, turista, fã, personagem e omelete, que podem ser masculino ou feminino. Ou ainda os raros casos de vários gêneros em algumas línguas africanas.

Conclusivamente e de modo pragmático, coisə é por si só, assexuadə, neutrə, isentə de raçə, religiãə, credə ou gênerə. Respeitə ə neutralidade dəs coisəs é movimentə de respeitə aə ser humanə holísticə e integral, Nə nível dəs coisəs, podemos começar a realizá-lə como formə práticə de rompimentə desse murə que nos separa mental, social e culturalmente.  Coisə é coisə. Sem sexə. Gente é gente. Com sexo.

do deslocamento de uma letra à uma sociedade mais igualitária

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